sexta-feira, 11 de abril de 2008

_o inferno de dantes

Pessoar, essa é uma tentativa de poesia...tentei aprender com o Gui, só que ele disse que não sabia me ensinar...é algo muito incipiente ainda...acho que não sirvo pra poesiar!!


Leiam e vejam o que acham...

-X-

)Das odes às odes

ao ódio às orbes,

oh! lírico faustoso, degraus

não sobes.



Encerra em ti a poesia ou passai

– das imagens floridas –

ao ente retumbante dos avoantes. Floridos

carreiros embotadas de harmonia, perca tu

, ó fausto, a tua vida.

As veredas que de cá

norteiam, é uma

e basta!(


Do semblante malogrado, ao olhar excomungado,

o passeio se perde na carreta lotada

de galinhas e bois e vacas.

Ó Fausto! ó poeta...

se enxergas

é léria.


Rabiscos,

pueris e tortuosos,

encerram os olhos nossos do

azul-em-dégradé ao laranja-tom-pastel.

O hic et nunc do agora ao agora – nunca o mesmo –

engigantam o guarda-chuva da madama de Monet; ente amado...


Ó poeta! ó político...

Ó Lírico! Ó literato!

Entortai a moral, que as letras

– um reticente ao além –

cadeias repudiam.


Antes

Palavras rabisco

a versos ajuizados


peripécias

d’zumbi – negro d’ocro

cujo soante tremula aos ouvidos dos

pretos d’hoje como estro –

minutar um croqui não arriscarei!

ARGH! – ó poesia! cadê tu?



peripécias

da unidade do martinete d’urubu

ao sambar ao lado de algodões

-doces –

de infante e Platões –

garatujando o preto’ao alvo


Se sorris, ledor,

és vencedor


Se pensas, ledor,

és lutador


Se incitas, poeta,

deixaste de ser fingidor!

5 comentários:

Luísa Costa disse...

"Ó poeta! ó político...

Ó Lírico! Ó literato!

Entortai a moral, que as letras

– um reticente ao além –

cadeias repudiam."

não gosto do 'ó', mas adorei isso, papi poeta!

Letícia Mori disse...

cadeias repudiam
as letras, não sei
só sei
se sei
que talento vc tem
ai! que rima pobre
gostei
dessa estrofe se
ainda me lembro da diferença entre estrofe, verso, refrão e parágrafo
opa! parágrafo, não
parágrafo é coisa de prosa
sua prosa é poética alias
e sua poesia
gostei
dos ultimos versos
também
com ctza
vc não é um fingidor!

;D

(resolvi entrar na onda das poesias)

Guilherme D. disse...

Por que todos estão respondendo em poesia pra ti, borbinhas?

Eu vou comentar normal, mesmo...

(Vou matar a Lê por dizer que poesia tem "onda"!)

"Antes

Palavras rabisco

a versos ajuizados"

Belos versos... realmente é uma ótima idéia essa sua...

Não gostei muito do tom do poema, com aqueles "ó" e algumas rimas, mas é algo pessoal, nada que julgue se seu poema é bom ou não. E eu nem saberia julgá-lo... Como você disse na sua introdução, eu não posso te ensinar poesia. Primeiro que nem eu sei o que é poesia e poesiar (será mesmo que o que faço é válido? De repente Drummond se revira no túmulo quando digo que escrevo poemas...). Segundo, mesmo que soubesse, seria impossível de te dizer. Se dissesse que poderia te ensinar, seria a maior prova que nada sei...
Só o que posso pensar é que poesia deve ser verdadeira. Tão verdadeira que você finge (clássicos versos de Caeirom que você retoma no final). Finge porque senão não teria graça. A gente não pode se dar na poesia, a gente deve, sim, se transformar num enigma e aí sim se deixar. Se for tudo dado, explicado, transparente, não tem graça nenhuma! A poesia deve ser honesta e transparente, mas daí a gente apaga a luz para deixar tudo mais interessante! Ah, li não sei aonde que poesia se faz com palavras, não com idéias. Não sei o que isso realmente significa, mas o dia que eu pensei na idéia antes da palavra, minha poesia não saiu das melhores... Acho que o mundo das idéias nessa hora falha... É melhor ser um tanto nominalista na hora de escrever, mas liberar bastante o significado e o sentido na hora de ligar uma coisa à outra.

E ainda não sei se concordo com a idéia da última estrofe. Pra mim, o poeta sempre é um fingidor.

Gostei dos seu lado poeta! Espero mais...

Abraços!

Ná Saleh* disse...

Poxaa...
Que humilde estréia a sua no mundo da poesia. Tomara q seja genético!


Besos!

Anônimo disse...

só sei que uma coisa
não aprendeu com os modernistas
que poesia boa
se escreve vom palavras simples
que apóstrofos (apóstrofos?)
são desnecessários sempre, quase.

mas você é cult,
meio indie, meio bicha
você é bom demais
pra escrever poesia
que eu consiga ler
que consiga me agradar